segunda-feira, 2 de novembro de 2009

As 5 palavras obrigatórias



Tinha sido uma noite demasiado absurda para acabar com a lua. Amanhecia. Vagueava aleatoriamente à procura de um refúgio. Evitar a inevitável ressaca já não era, definitivamente, uma prioridade. Resignado, procurei um estabelecimento comercial aberto à procura de tabaco. Não que fumasse, mas queria dar uso ao isqueiro que a Sueca me tinha dado. Tinha acabado de a deixar no hotel. Não subi ao quarto porque me tinha parecido uma Sueca demasiado fraquinha. Ah, e de manhã as ginjas sabem muito melhor. Acho que os primeiros raios de Sol, os mesmo matinais, intensificam o aroma e o paladar. Estava bêbado, fazer o quê? Fui à tasca do Alfredo, fechada. A do tio Alberto, por abrir. O café do João, vazio. Será que tinham ido todos de férias e ninguém me tinha dito. O Joaquim, sabia que tinha ido para as termas, por causa do problema na rótula. Ele ia sempre depois do Verão. Não encontrava mesmo ninguém. Pensei em voltar para a Sueca. Não. Apanhei um táxi e voltei para casa.


Pedro Boiça

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